A Organizacao Dirigida Pelo Espirito - INDICETJ.COM Escandalo sobre Testemunhas de Jeova

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A ORGANIZAÇÃO "DIRIGIDA PELO ESPÍRITO"


Introdução
Até mesmo a mais entusiástica Testemunha de Jeová concordará que a Sociedade Torre de Vigia exerce muita influência sobre uma Testemunha, porquanto provê aconselhamentos em assuntos tais como:

  • O modo apropriado de se vestir
  • O que podem comer (ou mais especificamente, o que não podem comer)
  • Como podem se entreter
  • Como deveriam pensar

Estas diretivas são tomadas seriamente pelas Testemunhas, visto terem grande respeito por quem as emite.


Acredite ou vá embora
Ainda que estes avisos não sejam passados na forma de mandamentos, cada Testemunha sabe que ele ou ela têm que conformar às ordens da Sociedade. O manual dos anciãos (Preste atenção a si mesmos e a todo o rebanho, edição de 1991) não deixa muito espaço para diferenças de opinião:

"Pessoas que deliberadamente espalham ensinos contrários as verdades da Bíblia tal como ensinados pelas Testemunhas de Jeová são apóstatas."

Não é concedido livre acesso ao manual dos anciãos, mas elas estão familiarizadas com as conseqüências de ser marcado a ferro como um apóstata. O manual dos anciãos aconselha uma série progressiva de ações disciplinares, desde uma conversa privada, até uma reprovação pública, enfim, todo o percurso até a desassociação do irmão ou irmã, que sustenta uma opinião contrária.

Significativamente, o manual dos anciãos não sugere que a opinião seja discutida em seus próprios méritos. Melhor, faz a seguinte sugestão:

"Aqueles com dúvidas sinceras devem ser ajudados, tratados com misericórdia".

Estas são palavras encorajadoras, contudo a suposição parece ser do tipo "As verdades determinadas por Deus jamais podem vir dos menos rankeados". A doutrina das Testemunhas sustenta que a "verdade" só pode vir da organização "dirigida" pelo espírito de Deus" (i.e. a Sociedade Torre de Vigia). Abaixo segue uma citação de 1º de Fevereiro de 1996 na revista Sentinela:

"Combata a tendência para duvidar... Se começa a surgir em seu coração alguma dúvida sobre Jeová, sua Palavra, ou sobre a organização Dele, dê passos rápidos para eliminar isto antes que se transforme em algo que possa destruir sua fé."

A Sociedade acredita aparentemente que seus pronunciamentos são confiáveis, e que duvidando, corremos perigo..

É justificada esta orgulhosa atitude?



A Única, e tão somente Única
A Sociedade acredita ser o canal de informação de Deus entre céu e terra. Esta é uma questão de pura fé para as Testemunhas.

Algumas Testemunhas apontam algumas das boas qualidades - honestidade, unidade, amor, felicidade, etc. - como prova que as Testemunhas estão sendo conduzidas como uma "Organização Dirigida". Mas as mesmas características podem ser encontradas em muitas outras religiões, frequentemente em maior grau. Isto é especialmente verdade para amor e felicidade, entretanto à uma Testemunha não é permitido descobrir isto. Escute o manual dos anciãos:

"Se é sabido que uma pessoa travou associação com outra organização religiosa, o assunto deveria ser investigado.... Se é claramente estabelecido que a pessoa se uniu a outra religião... os anciões farão um breve anúncio à congregação que tal pessoa se dissociou."

Em outras palavras, uma Testemunha pode ser disciplinada, ou até mesmo expulsa da congregação dela (e de todo o contato com Testemunhas) simplesmente por ter um interesse contínuo em outro ponto de vista.

Esta atitude orgulhosa é justificada?



Avaliando a reivindicação à autoridade
O restante deste artigo avaliará criticamente a reivindicação da Sociedade Torre de Vigia de ser o canal exclusivo de Deus para a verdade entre céu e terra. Julgue por você se os contra argumentos apresentados abaixo são razões suficientes para duvidar das afirmações da Sociedade sobre sua missão na Terra...



Autoridade reivindicada apesar de falsos ensinos
Em 1918, a Sociedade reivindicou que fora designada para ser a "organização escolhida" de Deus. Naquele momento, eles estavam ensinando que a presença de Cristo e a ressurreição divina tinha começado em 1874. Em 1925, eles mudaram a data de 1874 para 1914!

Em outras palavras, eles reivindicam que Deus os pôs cada vez mais "no curso certo" quando eles estavam (de acordo com as convicções momentâneas) encarando os assuntos centrais da Bíblia erroneamente.



Tipo de autoridade não predita
A Bíblia não contem nenhuma predição constrangedora sobre as pessoas de Deus que são conduzidas nos "últimos dias" por um grupo ou corporação tal como a Sociedade Torre de Vigia. (A parábola do "Escravo Fiel" e Discreto é discutida mais adiante.)

O "paralelo" mais próximo para a Sociedade é encontrado nas escrituras Hebraicas. Nós podemos encontrar os reis (indivíduos que agiram por sua própria autoridade, ou com o conselho de profetas). Nós também podemos encontrar os Juízes, embora eles se preocupassem em aplicar a lei ao invés de descobrir novas verdades.

Ainda nas escrituras Cristãs (onde esperamos encontrar exemplos para os cristãos), não existe nenhuma sugestão de uma "autoridade de comando central". No livro de Atos, há referências a "corpos de homens" respeitados, mas nem em Atos nem nas Epístolas são retratados como uma autoridade organizada com palavra final em assuntos doutrinais.

Realmente, cada epístola parece mostrar que o escritor age com sua capacidade aconselhadora, enquanto usando sua própria reputação para dar peso às palavras. Ele não invoca a autoridade de uma "organização" ou até mesmo sugere que poderia estar fazendo assim.



Primitivos cristãos não obtiveram a doutrina de apenas um local
Se um grupo fosse abençoado por Deus como único canal oficial, o primeiro artigo da Sentinela poderia ter sido publicado em 30 E.C! Por que a Sociedade acredita que o estabelecimento de uma autoridade central visível teve que esperar até o 19º século?



Nenhuma primitiva autoridade central de "Testemunhas Aprovadas"
Os registros históricos mostram que as convicções Cristãs adquiriram colorações locais, como "Oriental e Ocidental", "Trindade e Não-Trindade", "Ariano e Atanasiano". A desavença destas divisões permanecem conosco até hoje.

Por exemplo, as Testemunhas não são as únicas que descrêem na doutrina da Trindade. Unitários a sentem da mesma forma. Realmente, a religião delas foi fundada no princípio de "nenhuma Trindade" (consequentemente o "Unitário" por nome).

Em todo caso, nas décadas e séculos que seguiram a morte de Jesus, não houve ninguém no "assento de motorista" do Cristianismo. Na realidade, o Cristianismo recapitulou a Torre de Babel se partindo em mil seitas diferentes, nenhuma delas podendo entender uma a outra.

A Sociedade Torre de Vigia acredita (como o faz a maioria das religiões Cristãs) que fora deste caos surgiu um verdadeiro tipo de fé que fez todos os outros irrelevantes.



Sociedade conduzida por um Profeta não-Profeta
A Sociedade não se intitula um profeta porque (como sua história tem mostrado) não é capaz de profetizar. Melhor, escolhe o termo não bíblico de "dirigida por espírito" que parece significar que eles podem cometer graves erros doutrinais sem que isto seja uma questão muito séria.

Onde na Bíblia nós achamos líderes sacudindo o pó? Deus não pode se fazer ouvir claramente? Ou, talvez, há alguma razão inteligente para que Ele deixe a Sociedade ensinar falsidades durante algum tempo (como uma "prova de fé", por exemplo, como alguns se referiram sobre o fiasco de "1975"? )



A flexível parábola do "escravo fiel e discreto"
A parábola que supostamente pressagia a Sociedade está recheada com detalhes inexplicados (por exemplo: quem são os outros escravos mencionados na parábola?) Requer uma grande dose de imaginação para ler esses versos e imaginar que eles se referem a um grupo particular de homens. Ou você ignora ou encolhe os ombros. Imaginar esta parábola com uma profecia, altera todo seu significado.

Apesar da natureza não específica desta parábola, a Sociedade Torre de Vigia coloca uma quantidade enorme de peso nela. Eles declaram que refere-se à Eles (e não em geral aos cristãos, como parece mais apropriado).

É justificada essa  atitude orgulhosa?    

(Referências: Mateus 24:45-51 e Mateus 25:14-30)


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