Comentario de A Sentinela de 01 de fevereiro de 1999 - INDICETJ.COM Escandalo sobre Testemunhas de Jeova

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COMENTÁRIO DE A SENTINELA DE 1º DE FEVEREIRO DE 1999
A revista "A Sentinela", de 01/02/1999, página 30, traz um artigo no curioso que demonstra de maneira clara o fato de que o ensino oficial de que o nome de Deus é Jeová pode carecer de fundamento sólido - apesar de ele ser apresentado como nome de Deus, incontestavelmente. Veja o que diz este curioso artido:

" 'Mestiça', 'híbrida', 'monstruosa'. O que induziria eruditos do hebraico bíblico a usar tais termos enfáticos? O caso é se 'Jeová' é a pronúncia correta do nome de Deus em português. Esta controvérsia já está sendo travada por mais de cem anos. Atualmente, a maioria dos eruditos parece favorecer o nome 'Javé' (ou 'Iahweh'), de duas sílabas. Mas é a pronúncia 'Jeová' realmente tão monstruosa?"

" ... a declaração feita pelo hebraísta Gesenius, no seu Dicionário Hebraico e Caldaico das Escrituras do Velho Testamento (em alemão): 'Os que acham que Ye-ho-wah era a pronúncia real [do nome de Deus] não estão totalmente sem base para defender sua opinião."

"... pelo menos alguns eruditos concordam que a pronúncia 'Jeová' afinal não é tão 'monstruosa' assim."

As declarações contidas neste artigo certamente surpreenderam a muitos que tomaram tempo de lê-lo. Eu mesmo quase não acreditei naquilo que estava lendo, devido ao fato de que foi admitido publicamente que o ensino do nome Jeová como sendo o nome pessoal de Deus carece de apoio bíblico e lingüístico. Imediatamente surgiram em minha mente uma série de perguntas a respeito do modo como certas religiões impõe ensinos, sem que no entanto estes estejam solidamente embasados na Bíblia - penalizando com a expulsão e marginalização aqueles que ousam discordar de seus dogmatismos.

Agora, levanto as seguintes questões:

Quem conhece mais o hebraico antigo: os eruditos do hebraico bíblico, os quais inúmeras vezes a Sociedade usa como ponto de apoio ao seu ensino, ou os membros da família de Betel, cujo conhecimento de línguas antigas praticamente se restringe ao que aprendem de maneira informal ou não em instituições de renome? Sabemos até mesmo que Fred Franz, o principal "erudito" da Torre de Vigia em línguas antigas estudou apenas dois anos o grego e foi auto-ditata em hebraico antigo. Portanto, que credenciais a Sociedade pode utilizar para impor seus padrões tendenciosos de interpretação?





As frases "não estão totalmente sem base" e "a pronúncia 'Jeová' não é tão monstruosa assim" não indicam nada sobre qual, admitidamente, é a pronúncia mais correta do nome de Deus? Neste artigo a Sociedade deixa bem claro, de forma implícita, que a mais aceita e provável forma do nome de Deus é 'Yahu', 'Javé' ou 'Iahweh'. No entanto, toma o cuidado de justificar o nome que ela resolveu utilizar - embora consciente de ser este um nome "falso" para o Deus todo-poderoso.



Se claramente os nomes 'Yahu', 'Javé' ou 'Iahweh' são os mais próximos do original hebraico, por que a Sociedade não admite seu uso? E, ao contrário do que possam argumentar alguns, não é difícil provar que a Torre de Vigia coíbe seus adeptos a utilizarem tal forma errada do nome de Deus. Imagine o que aconteceria caso certa pessoa fizesse uma oração pública ou uma parte na Escola do Ministério Teocrático utilizando o nome Javé. Sabe o que lhe aconteceria? Seria repreendido, advertido e desassociado caso continuasse com tal prática, apesar de estar utilizando uma forma provavelmente mais correta do nome de Deus! Por que? Por que a Sociedade impõe seus próprios padrões, não os da Bíblia. Se a Sociedade agisse de forma puramente espiritual, mesmo que ela optasse pelo uso do nome "Jeová", não iria penalizar os que decidissem pela forma mais aceita ("Javé"). Mas, você sabe muito bem o que aconteceria se passasse a dizer Javé em público...

Agora pare e pense: se uma organização, mesmo tendo conhecimento da forma mais correta da pronúncia do nome de Deus, persiste em utilizar e impor o uso de uma forma pouco provavelmente certa, está ela agindo com humildade e sinceridade? Se tal organização não é capaz de recuar em sua posição numa questão tão importante, será ela realmente governada pelo Espírito Santo?

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