Carta de dissociação de Eduardo Cristiano de Ramos - INDICETJ.COM - Escandalo sobre as Testemunhas de Jeova

Ex-Testemunha de Jeová
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CARTA DE DISSOCIAÇÃO DE
EDUARDO CRISTIANO DE RAMOS

PR-1, Curitiba, Paraná


    Ao Corpo de Anciãos da Congregação União

    PR-1, Curitiba, Paraná


         Venho solicitar meu desligamento do grupo religioso das Testemunhas de Jeová e da Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

         Tomo esta atitude consciente de todas as consequências que este ato me trará. Não há mais relação alguma entre a minha pessoa e qualquer membro deste grupo religioso, não estou mais associado às suas atividades, tampouco compartilho as crenças que outrora defendi e preguei com todo o esforço.

         Há várias razões para que eu queira me DISSOCIAR de seu grupo, não sendo prático citar uma a uma por escrito. Apenas me sinto compelido em dizer um deles: Não vejo validade no compromisso que assumi através do voto de dedicação que fiz anos atrás, tendo este sido invalidado pelos líderes de sua religião. Explico isto, brevemente, a seguir:

         Na ocasião do meu batismo, me foram feitas duas perguntas:

“A base do sacrifício de Jesus Cristo, arrependeu-se dos seus pecados e dedicou-se a Jeová para fazer a vontade dele?”

“Compreende que a sua dedicação e o seu batismo o identificam como uma das Testemunhas de Jeová, em associação com a organização de Deus, dirigida pelo espírito dele?”

Revista "A Sentinela"’, 1/4/2006, páginas 22 e 23.


    Eu, inconsequentemente, respondi "sim" às duas perguntas.

    Sim, eu havia me arrependido de tudo o que havia feito de ‘errado’, de acordo com os moldes e padrões estabelecidos pelo Corpo Governante. Vocês bem sabem que fiz um esforço intenso em me livrar de tudo e de todos que pudessem “atrapalhar meu progresso espiritual”; porém, algo triste me ocorreu: após um tempo de batismo, aprendi ‘verdades bíblicas’ que, se me tivessem sido apresentadas antes do batismo, eu não teria tomado tal decisão.

    ‘Verdades Bíblicas’ humanas, o esforço em esconder erros grosseiros e aspectos negativos do passado desta organização religiosa; mudanças na interpretação de alguns assuntos, a obrigatoriedade em aceitar de bom grado estas mudanças além do terrorismo religioso que é imposto ao grupo, em relação às ideias contrárias e aos dissidentes.

    Eu, sinceramente, poderia investir algumas páginas detalhando cada decepção que passei enquanto era associado. Apenas me recuso a me submeter ao julgamento de outros humanos, tão “pecadores” e “errados” quanto eu.

    Em suma, não desejo mais ser reconhecido como Testemunha de Jeová, não desejo receber visitas de ministros ou representantes religiosos e também dispenso o convite para comparecer à uma comissão ou a um tribunal interno, porém, deixando claro que estarei sempre, sempre aberto e bem disposto a receber os velhos amigos e pessoas queridas que conheci enquanto fui “Testemunha de Jeová”. Apenas não desejo mais nenhum contato com qualquer coisa que me remeta à Associação Torre de Vigia.

    De maneira clara e objetiva, estou me dissociando deste grupo, com pesar, por lembrar que ainda há pessoas ingênuas que cairão na mesma falcatrua que eu.

Eduardo Cristiano de Ramos

Curitiba, 19 de Julho de 2013.




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