DEUSES PAGÃOS EM SALÃO DE ASSEMBLEIAS DAS TESTEMUNHS DE JEOVÁ
Osarsif
A foto acima e a seguinte provavelmente são a frente e verso de um postal impresso pelas próprias Testemunhas de Jeová.
Este Salão de Assembleias das Testemunhas de Jeová em Queens, Nova Iorque, é mencionado nas seguintes publicações.
A Sentinela, 1.º de Novembro de 1971, p. 670
Despertai!, 8 de Maio de 1975, p. 25
A Sentinela, 1.º de Junho de 1975, p. 349
Despertai!, 8 de Agosto de 1975, p. 27
Despertai!, 22 de Março de 1976, p. 26
A Sentinela, 15 de Fevereiro de 1977, p. 119
Despertai!, 22 de Março de 1977, p. 20
Despertai!, 22 de Outubro de 1982, p. 22
Despertai!, 22 de Fevereiro de 1983, p. 14
A Sentinela, 15 de Março de 1983, p. 10
A Sentinela, 15 de Outubro de 1983, p. 29
Despertai!, 22 de Fevereiro de 1984, p. 21
queensA Sentinela, 1.º de Setembro de 1984, p. 32
Tradução dos dizeres do verso do postal:
SALÃO DE ASSEMBLEIAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁEste óptimo e moderno Salão de Assembleias, com uma localização central na cidade de Nova Iorque, e com a capacidade de 1.871 lugares sentados no seu piso principal e balcão, é propriedade da Sociedade Torre de Vigia. Mais de 200 congregações das testemunhas de Jeová usam-no regularmente para Assembleias de circuito semi-anuais. Graduações da Escola de Gileade são realizadas aqui duas vezes por ano.
É pena que o postal não diga os nomes dos deuses pagãos do antigo Egipto que aparecem na fachada. Também é pena que eles não digam o que está lá a fazer o olho com asas (símbolo do deus egípcio do sol, Rá), que também costumava aparecer nos livros de Russell (e também muito usado pela maçonaria).
O livro Testemunhas de Jeová -- Proclamadores do Reino de Deus (1993) tem na página 329 uma foto desse Salão de Assembleias -- parece que eles apagaram as figurinhas mas deixaram lá o símbolo do deus egípcio do sol, Rá.
E depois a Sociedade Torre de Vigia ainda tem a hipocrisia de dizer que as Testemunhas de Jeová não devem ter em suas casas quadros de parede (como o da "Última Ceia de Cristo") ou estatuetas ou qualquer outro objecto ligado à "adoração falsa".
Raymond Franz, ex-membro do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, escreveu no livro In Search of Christian Freedom (Em Busca de Liberdade Cristã) (1991), pp. 274-275:
"Recordo-me que quando a Sociedade Torre de Vigia comprou o que tinha sido anteriormente um cine-teatro em Queens, Nova Iorque, para ser usado como salão de assembleias, o teatro tinha um motivo do antigo Egipto em toda a volta. Sobre a marquise, a parte da frente do edifício tinha grandes azulejos representando vários deuses e deusas egípcios, um deles até carregando a crux ansata. O interior continha outros itens, incluindo flores de lótus, tendo conotações religiosas com crenças egípcias. Quando a Torre de Vigia renovou o edifício, todos estes itens foram deixados intactos. Depois de alguns anos, uma amiga nossa da República Dominicana assistiu ali a uma graduação da Escola de Gileade como nossa convidada. Ela ficou impressionada com os símbolos pagãos e expressou-me a sua incomodidade, dizendo que não teria tomado conhecimento do significado destas coisas se não tivesse lido sobre elas nas próprias publicações da Torre de Vigia. (Veja, por exemplo, o livro What Has Religion Done for Mankind? [Que Tem Feito a Religião Pela Humanidade?], páginas 106 a 119.) Ela não conseguia harmonizar as afirmações fortes e negativas feitas nas publicações com esta aparente tolerância. Senti-me na obrigação de escrever ao Presidente Knorr, indicando que a minha preocupação era primariamente com ela (e outros que se pudessem sentir como ela). Knorr desceu ao meu escritório e argumentou o assunto, dizendo que os itens eram simples decorações e que, por exemplo, não pensava que pessoas que olhassem para os lótus lhes atribuíssem uma conotação sexual. Ele perguntou se eu pensava que nós não podíamos nem sequer fazer uso de uma tradução católica que talvez tivesse uma cruz na capa. Eu disse-lhe que eu próprio não era hipersensível sobre essas coisas, mas que pensava que tínhamos uma obrigação de nos preocuparmos com possíveis efeitos adversos sobre outros, que se estabelecemos um determinado padrão para outros, então as pessoas têm o direito de esperar que nós próprios vivamos por esse padrão. Não muito depois as representações de deuses e deusas nos azulejos foram cobertas com tinta. O interior do edifício continuou essencialmente na mesma. Mais recentemente a Torre de Vigia comprou o grande Bossert Hotel em Brooklyn. Tem gárgulas ornamentando o exterior. Estas também são vistas pela organização como decorações inconsequentes, desprovidas de qualquer significado sério. Conforme verifiquei ser verdade em tantos casos, exigências estritas colocadas sobre as Testemunhas comuns subitamente pareciam ser capazes de grande relaxamento quando os próprios interesses da organização estavam envolvidos."