Disco solar alado - INDICETJ.COM Escandalo sobre Testemunhas de Jeova

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O "DISCO SOLAR ALADO"
Odracir
Há pouco mencionáramos a obra 'Estudos das Escrituras', da autoria de Russell. Em 1917, foi lançado um volume póstumo intitulado The Finished Mistery ('O Mistério Consumado'), obtido das anotações do 'pastor' e elaborado por Clayton Woodworth - ninguém menos que o editor da famosa revista Golden Age ('A Idade de Ouro'), predecessora da mundialmente conhecida Despertai!. O leitor poderá encontrar a foto dessa obra na p. 88 do livro Proclamadores. Com a mudança de nome - de 'Aurora do Milênio' para 'Estudos das Escrituras' - também houve alterações na capa. Neste momento, pedimos, mais uma vez, a atenção do leitor para os detalhes encontrados nela:




Observamos, no centro da capa, o 'disco solar alado'. Ele se encontrava na capa de todos os volumes de 'Estudos das Escrituras', tendo sido adotado pela Sociedade Torre de Vigia por volta de 1911. Na própria gravura do livro Proclamadores, mencionada acima, o leitor poderá observar a obra Pastor Russell´s Sermons ('Sermões do Pastor Russell '), a qual também continha o símbolo de que ora tratamos. O que poderia ser? Outro símbolo 'decorativo'? Absolutamente não! Na verdade, o 'disco alado' é uma representação egípcia do deus-sol Amon-Rah. Contém algum significado para as entidades que estudamos até agora? A resposta é sim. Eis algumas imagens colhidas dos templos rosacruzes e maçônicos:




À esquerda e à direita, vemos duas representações do 'disco solar alado', juntamente com as iniciais "AMORC" - Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz. Ao centro, um amuleto maçônico exibindo o mesmíssimo símbolo esotérico. Suas raízes remontam à mitologia egípcia, sendo posteriormente incorporado à mitologia babilônica com representativo da deidade de nome Ahura Mazda. Os 'Estudantes da Bíblia' remanescentes preservam tal símbolo até a atualidade, fiéis que são à doutrina russellita. Além dos maçons, dos rosacruzes e dos russellitas, os adoradores de "Lúcifer" também vêem no disco alado grande significado. Examinemos a trajetória de um deles...

Edward A. Crowley (1875-1947) - mais conhecido como Aleister Crowley - um inglês que tornou-se famoso por sua obra ocultista Thelema, entrou em contato com a Maçonaria no início do século 20, tendo exercido forte influência sobre ela. Fascinado pelo esoterismo desde tenra idade, ele veio a tornar-se uma espécie de ícone entre os promotores do ocultismo. Até hoje seu nome é símbolo de mistério e magia. Crowley era, entre outras coisas, adepto do  rosacrucianismo e satanista declarado, tendo estabelecido ordens místicas que persistem até a atualidade. Certas bandas de rock pesado  têm, nas últimas décadas, expresso publicamente sua submissão espiritual a ele e retratam seus símbolos nas capas dos discos. Coube a ele consagrar o culto ao 'disco solar alado' nos templos que freqüentava, assim como coube a Russell introduzir o mesmo símbolo na comunidade dos 'Estudantes da Bíblia'. Na liturgia maçônica, Crowley é considerado como 'filho espiritual de Albert Pike ', tendo sido um dos fundadores da "Ordem Templária do Oriente". Segundo um membro da "Ordem Rosacruz", o símbolo do deus Amon-Rah - cultivado pelo místico inglês - representa um caminho de êxito para as 'obras' da entidade, estando presente em todos os seus templos. Pelo visto, os rosacruzes não eram os únicos, pois os 'Estudantes da Bíblia' também davam destaque a ele em sua literatura. Muito embora o 'pastor' Russell e o 'mago' Crowley jamais tenham se conhecido pessoalmente, é bastante  significativo e, ao mesmo tempo, inquietante - para uma Testemunha de Jeová - que eles compartilhassem, na mesma época, o gosto por certos símbolos ocultistas. Ambos eram fascinados pelos segredos egípcios.


Aleister Crowley - pontos em comum com C.T. Russell

Transportemo-nos agora para os tempos do ministério de Russell. Caso um leitor dos livros dele  visitasse um templo Rosacruz - ou mesmo a sala egípcia da Grande Loja Maçônica da Pensilvânia - teria diante de si um cenário familiar:




O visitante, ao fitar o símbolo na parte superior deste altar, provavelmente lembrar-se-ia de já tê-lo visto em algum lugar. De fato, encontrava-se na capa de seu exemplar de 'O Mistério Consumado', o qual talvez estivesse conduzindo sob o braço. 'Como foi parar lá?', talvez se perguntasse. Bem, sabe-se que o 'disco solar alado' não pode ser usado indiscriminadamente por qualquer pessoa, sem permissão expressa. Afinal de contas, é um símbolo mais cultivado do que a própria cruz coroada, sendo exclusivo daqueles que alcançam o mais elevado nível espiritual da Ordem Rosacruz. Teria Russell selecionado tais símbolos ao acaso? Ou as informações obtidas até aqui são mais consistentes com a hipótese de alguém plenamente iniciado nos ritos esotéricos?

Até mesmo na atualidade, ainda restam vestígios deste passado comprometedor. Observemos a foto abaixo:



Reconhece o leitor o símbolo no centro desta fachada? Sim, é o 'disco solar alado'. Mas o que isso tem a ver com as Testemunhas de Jeová hodiernas? Bem, trata-se de um antigo cinema, em Queens - N. York, adquirido pela Sociedade Torre de Vigia e o qual tem servido por anos como salão de assembléias. Raymond Franz, ex-membro do corpo governante das Testemunhas de Jeová, menciona - em sua obra In Search of Christhian Freedom [Em Busca de Liberdade Cristã] (1999), pp. 274 e 275 - um curioso incidente relacionado com esse edifício:

"Eu me recordo que quando a Sociedade Torre de Vigia adquiriu um antigo cinema em Queens, New York, para uso como salão de assembléias, o cinema era cheio de antigos motivos egípcios... Quando a Sociedade restaurou o prédio, todos esses itens permaneceram intocados... Após alguns anos, uma irmã da República Dominicana... ficou chocada com os símbolos pagãos e expressou-me seu desapontamento, dizendo que ela nunca teria aprendido o significado dessas coisas se não fosse das próprias publicações da Sociedade... Eu me senti obrigado a escrever para o Presidente Knorr... [Ele] veio ao meu escritório e discutiu a matéria, dizendo que eram simples decorações... eu disse a ele que... nós tínhamos a obrigação de nos preocupar com o efeito adverso sobre outros, pois, se nós estabelecemos um padrão específico para as pessoas, então elas têm o direito de esperar que nós próprios vivamos segundo ele... Como eu já tinha percebido em tantos casos, os estridentes apelos às Testemunhas 'nas fileiras' , subitamente, tornavam-se capazes de grande afrouxamento quando os interesses da própria organização estavam envolvidos."

O depoimento acima é bastante revelador. Primeiro, mostra que os dirigentes da Sociedade estavam plenamente cientes da existência, no edifício adquirido para servir como local de reuniões cristãs, de muitos símbolos pagãos - os mesmíssimos usados pela organização no passado e agora repetidamente condenados em sua literatura. Segundo, que nada fizeram para removê-los por ocasião da restauração do prédio e, terceiro, que insistiam na frágil tese da 'decoração', a mesma utilizada para justificar o envolvimento das Testemunhas de Jeová, por décadas, com símbolos hoje classificados como 'satânicos'.

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