Quem são as autoridades superiores de Romanos 13? - INDICETJ.COM Escandalo sobre Testemunhas de Jeova

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QUEM SÃO
AS "AUTORIDADES SUPERIORES" DE ROMANOS 13?

Luiz Alberto de Araújo Bezerra


Resposta de Charles Taze Russell:
GOVERNANTES HUMANOS!

Maus como têm sido estes governos gentios, foram “ordenados” ou permitidos por Deus com um propósito sábio. (Romanos 13:1) Sua imperfeição e mau governo foram parte da lição geral acerca da excessiva maldade do pecado, e provam a incapacidade do homem caído para governar-se a si mesmo pelo menos até o grau de sua própria satisfação. Na maior parte dos casos, Deus lhes permite levar a efeito seus propósitos de acordo com suas habilidades, intervindos apenas quando eles pretendem interferir em seus planos. Seu desígnio é de que eventualmente todas as coisas cooperem juntamente para o bem, e que no final, ainda a “ira humana” o louvará. Ele restringirá o restante, tudo o que não redunda em bem, na ensina lição, nem é de proveito algum. – Salmos 76:10. (O Plano Divino das Idades, p. 288, 289)

Sabendo ser este o propósito divino, nem Jesus nem os Apóstolos intrometeram-se de nenhuma maneira com os governos terrestres. Ao contrário, ensinaram a Igreja a submeter-se a estes poderes, ainda quando muitas vezes sofreram sob seu abuso de poder. Todos eles ensinaram a Igreja para obedecer as leis e respeitar os que se encontravam exercendo autoridade, por causa do seu oficio, ainda quando pessoalmente não eram dignos de estima; ensinavam para que se pagasse os tributos, e que não se opusesse nenhuma resistência para as leis estabelecidas, exceto quando estivessem em pugna com as leis divinas. (Atos 4:19; 5:29; Romanos 13:1-7; Mateus 22:21) (O Plano Divino das Idades, p. 306, 307)

Durante a Idade Evangélica o Reino de Cristo tem existido apenas em sua fase incipiente, em sua humilhação, sem poder ou privilégio de reinar – sem coroa, possuindo apenas o cetro da promessa; não conhecido pelo mundo, e sujeito às autoridades “que existem” – os reinos gentios. E os herdeiros do reino celeste têm que seguir assim, até o tempo determinado para eles reinarem junto com Cristo. Durante o tempo de tribulação, encerrando esta idade, serão exaltados ao poder, entretanto seu “reinado” de justiça sobre o mundo não poderá preceder a 1915 d. C. – quando os Tempos dos Gentios tiverem expirado. Portanto é o dever da Igreja aguardar pacientemente até o tempo determinado para o seu triunfo glorioso; guardar-se separada dos reinos do mundo como estrangeiros, peregrinos e forasteiros; e, como herdeiros do Reino vindouro, deixar as suas esperanças e ambições centralizar-se nele. Os cristãos devem reconhecer o caráter verdadeiro destes reinos, e, enquanto ficam separados deles, devem prestar-lhes o devido respeito e obediência, porque Deus lhes tem permitido governar. Como o apóstolo Paulo ensina: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus”. – Rom. 13:1 (O Tempo Está Próximo, p. 80, 81)

... Os Estudantes da Bíblia não passaram por alto o fato de Jesus se referir ao Diabo como “o governante do mundo” e de dizer que o Diabo ‘não tinha nenhum poder sobre ele’. (João 14:30) Podiam notar que Jesus não procurava envolvimento, nem para si nem para seus seguidores, no sistema político de Roma, mas estava plenamente ocupado em declarar as “boas novas do reino de Deus”. — Luc. 4:43.
Será que o fato de crerem nessas coisas escritas na Palavra de Deus fomentou desrespeito pela autoridade governamental? Não, de forma alguma. Ao contrário, ajudou-os a entender por que os problemas enfrentados pelos governantes são tão grandes, por que há tanta anarquia e por que os programas governamentais para melhorar a situação das pessoas não raro são frustrados. Sua crença fez com que fossem pacientes em face de dificuldades, porque confiavam que Deus, no seu devido tempo, traria alívio permanente por meio de seu Reino. Naquela época, eles entendiam que “as autoridades superiores”, mencionadas em Romanos 13:1-7, eram os governantes seculares. Em harmonia com isso, instavam mostrar respeito pelas autoridades governamentais. Ao considerar Romanos 13:7, C. T. Russell disse, no livro The New Creation (A Nova Criação, publicado em 1904), que os verdadeiros cristãos “devem naturalmente ser os mais sinceros no seu reconhecimento dos grandes deste mundo, e os mais obedientes às leis e às exigências da lei, salvo estas estejam em conflito com as ordens e os mandamentos celestiais. Poucos governantes terrestres em nossos dias, se é que alguns, acharão falta em reconhecermos um Criador supremo e em nossa suprema lealdade a seus mandamentos. Por conseguinte, [os cristãos verdadeiros] devem estar entre os que no tempo atual melhor acatam as leis — não devem ser agitadores, nem briguentos, nem críticos”. (Proclamadores, p. 190)

Resposta de J. F. Rutherford:
JEOVÁ E JESUS CRISTO!

Em oposição à Russel, J. F. Rutherford passa a ensinar que as autoridades superiores são Jeová e Jesus.

Em 1929, na época em que as leis de diversos governos começavam a proibir coisas que Deus ordena ou a exigir coisas que as leis de Deus proíbem, achava-se que os poderes superiores deviam ser Jeová Deus e Jesus Cristo. Foi este o entendimento dos servos de Jeová durante o período crítico de antes e durante a Segunda Guerra Mundial, e ainda no tempo da Guerra Fria, com o seu equilíbrio do terror e sua prontidão militar. Olhando para trás, precisa-se dizer que esta maneira de encarar as coisas, que enaltecia a supremacia de Jeová e de seu Cristo, ajudou o povo de Deus a manter uma intransigente posição neutra durante esse período difícil. (A Sentinela 1/5/1996, pp. 13-14)

Quem são, pois, as "autoridades superiores"? Jeová Deus é supremo, e Cristo Jesús é seu Oficial Principal, a quem conferiu todo o poder e autoridode para efetuar seu propósito ; e porisso as "autoridades superiores" são Jeová Deus e Cristo Jesus. (Mateus 28:18) O texto acima citado sôbre as "autoridades superiores" é dirigido exclusivamente aos que concordaram fazer a vontade de Deus e a quem ele aceitou e chamou para a sua organização . (Romanos 1 : 7) Deus não trata com os governantes dêste mundo, nem os autoriza a representá-lo . (Salvação, p. 227)

As "potestades superiores" mencionadas em Romanos 13 :1-5 são os principais agentes da congregação do Deus Todo-Poderoso, ou o invisível corpo administrativo do Reino de Deus. Mencionar o apóstolo as potestades superiores não se aplica aos regentes visíveis deste mundo mau dirigido por Satanás. As "potestades superiores" mencionadas pelo apóstolo são Jeová Deus e Cristo Jesus, sendo Cristo Jesus o grande Ministro de Jeová. (Seja Deus Verdadeiro, p. 241)
  É interessante o que escreveu Raymond Franz relacionado ao seu tio Fred Fanz. Vejamos:



Por volta de 1925, J. F. Rutherford exercia a direção inconteste da Sociedade e os anos seguintes só fortaleceram seu controle sobre todas as funções da organização. Isto incluía o controle total do que seria publicado por meio do canal de A Sentinela e de outras publicações usadas em prover o alimento espiritual às congregações mundialmente. Recordo-me de meu tio ter-me falado certo dia em seu escritório sobre uma ocasião em que Rutherford apresentou certa questão, um novo ponto de vista, diante da família de Betel para ser discutido.  Meu tio contou que, na consideração, ele se expressou de maneira negativa sobre o novo ponto de vista proposto, fazendo-o com base nas Escrituras. Depois disso, o presidente Rutherford, disse ele, o designou pessoalmente para preparar a matéria em apoio deste novo ponto de vista, apesar de ele, Fred Franz, ter deixado claro que não o considerava bíblico.


            
O ponto em questão era, ou o novo entendimento de que as “potestades superiores” de Romanos 13:1 não eram as autoridades governamentais da terra, mas sim Jeová e Jesus Cristo, ou a decisão relacionada com a eliminação dos corpos de anciãos, qual dos dois eu não me recordo agora. (Crise de Consciência, p. 71 – p. 77 na versão em PDF)

EM 1962 ATÉ NOSSO DIAS:
OS GOVERNOS HUMANOS!

Por muitos anos, os Estudantes da Bíblia haviam ensinado que “as autoridades superiores” eram Jeová Deus e Jesus Cristo. Por quê? Na Watch Tower de 1.° e 15 de junho de 1929, citou-se uma variedade de leis seculares e mostrou-se que o que era permitido num país era proibido em outro. Chamou-se também atenção para leis seculares que exigiam que as pessoas fizessem o que Deus proibia, ou que proibiam o que Deus ordenava que seus servos fizessem. Por causa de seu desejo sincero de mostrar respeito à autoridade suprema de Deus, parecia aos Estudantes da Bíblia que “as autoridades superiores” tinham de ser Jeová Deus e Jesus Cristo. Continuavam a obedecer às leis seculares, mas frisava-se a obediência primeiro a Deus. Foi uma lição importante, uma lição que os fortaleceu durante os anos de tumulto mundial que se seguiram. Mas não entendiam claramente o que Romanos 13:1-7 dizia.
Anos mais tarde, fez-se um cuidadoso reexame desse texto junto com seu contexto e seu significado à luz do resto da Bíblia. Assim, em 1962, compreendeu-se que “as autoridades superiores” são os governantes seculares, mas, com a ajuda da Tradução do Novo Mundo, discerniu-se claramente o princípio da sujeição relativa. Isto não exigiu nenhuma mudança de vulto na atitude das Testemunhas de Jeová para com os governos do mundo, mas corrigiu seu entendimento de um trecho importante das Escrituras. Deu oportunidade para as Testemunhas individualmente considerarem com cuidado se estavam de fato vivendo à altura de suas responsabilidades tanto para com Deus como para com as autoridades seculares. Esse claro entendimento das “autoridades superiores” tem servido de proteção para as Testemunhas de Jeová, especialmente nos países em que ondas de nacionalismo e clamores por maior liberdade resultaram em violência e na formação de novos governos. (Proclamadores, p. 147)

Assim como os primeiros seguidores de Jesus, as Testemunhas de Jeová estão em sujeição relativa às “autoridades superiores” governamentais. (Romanos 13:1-7) Quando há um conflito entre uma exigência humana e a vontade divina, elas adotam a posição: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” (Atos 5:29) O livro After Jesus—The Triumph of Christianity (Após Jesus — O Triunfo do Cristianismo), diz: “Embora os cristãos não se empenhassem na adoração do imperador, eles não eram agitadores, e sua religião, embora estranha e às vezes ofensiva do ponto de vista pagão, não representava ameaça ao império.” (A Sentinela 15/7/2002, pp. 23-24)

É uma boa coisa mostrar o devido respeito pelo govêrno e apreciação dos serviços benéficos que executa. Todos nós temos boa razão para nos alegrar de que os governos sob os quais vivemos provêem estradas para viajar, escolas para instrução, proteção contra o fogo e inspeção de alimentos. Os tribunais e a proteção contra o crime são também de grande valor. Nestes e em outros assuntos as "autoridades superiores" mostram ser "servidores públicos de Deus", provendo serviços que beneficiam o seu povo. Portanto, quando se requer de nós que paguemos todos êstes serviços públicos por meio de impostos, faremos bem em lembrar-nos do texto que diz: "Há, portanto, uma razão compulsiva para que estejais em sujeição, não sòmente por causa desse furor [em punição dos violadores da lei], mas também por causa da vossa consciência. Pois é também por isso que pagais impostos; porque êles são servidores públicos de Deus, servindo constantemente com êste mesmo objetivo. Rendei a todos o que lhes é devido, a quem exigir impôsto, o impôsto; a quem exigir tributo, o tributo." - Romanos 13: 5-7. (A Verdade Que Conduz A Vida Eterna, p. 158, 159)

O apóstolo Paulo similarmente ordena: ‘Sujeitai-vos às autoridades superiores.’ Essas “autoridades superiores” não são Jeová Deus ou Jesus Cristo, mas sim os governantes políticos, as autoridades governamentais. Com isso em mente, Paulo prossegue: “Rendei a todos o que lhes é devido,. . . a quem exigir honra, tal honra.” Sim, aqueles a quem Deus permite que exerçam o governo político são merecedores de honra. — Romanos 13:1, 7. (A Sentinela 1/2/1991, p. 20)

O apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus.” Quem são as “autoridades superiores”? As palavras de Paulo nos versículos seguintes mostram que se trata de autoridades governamentais humanas. (Romanos 13:1-7; Tito 3:1) Jeová não deu origem às autoridades governamentais humanas, mas elas existem porque ele permite. Por isso, Paulo pôde escrever: “As autoridades existentes acham-se colocadas por Deus nas suas posições relativas.” O que isso indica sobre a autoridade terrena? Que está subordinada, ou é inferior, à autoridade de Deus. (João 19:10, 11) Portanto, quando há um conflito entre a lei do homem e a lei de Deus, os cristãos têm de guiar-se por sua consciência, que é treinada pela Bíblia. Têm de “obedecer a Deus como governante antes que aos homens”. — Atos 5:29. (Conhecimento  pp. 131-132)

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