WATCHTOWER TENTA ENCOBRIR O SEU ENVOLVIMENTO COM O NAZISMO
Normand Hovland
Finalmente chegou-me às mãos a muito badalada edição de 8 de Julho de 1998 da revista Despertai!
O artigo acerca das Testemunhas de Jeová "corajosas" foi de facto muito interessante. Embora tenha citado uma quantidade apreciável da parte mais embaraçosa, eles ainda deixam de fora a maior parte do contexto.
A Watchtower Society [Sociedade Torre de Vigia] dá uma vez mais provas da suas tácticas usuais de mentiras e fraude ao dizerem, numa atitude que lhes é muito típica, que os seus críticos afirmaram que as "Testemunhas de Jeová estavam a decorar" o salão em Wilmersdorf com suásticas e bandeiras nazis.
Nenhum dos que os criticam fez alguma vez tal afirmação. O que aqueles que criticam a Watchtower Society disseram é que existiam de facto ornamentos Nazis no salão, algo que não é negado pela revista Despertai! A revista chega até a dizer que isso não teria importância. Ao mentirem a uma audiência ignorante, inventando acusações que os seus críticos nunca fizeram e depois refutando-as, eles deixam passar a impressão de que os seus críticos são menos do que sérios. As fotografias que se afirma serem do interior do salão de Wilmersdorf não provam nada. Os "Schutsstaffel" de Hitler que aparentemente tinham usado o salão no dia anterior podiam ter estado a tirar todas as decorações do interior do salão durante a pausa da hora do jantar, ou noutra altura, e as fotografias podiam ter sido tiradas depois disso.
A seguir, a Despertai! fabrica outra mentira. Eles declaram que os seus "críticos" tinham alegado que a Assembleia começou com as Testemunhas a cantar o hino nacional Alemão. Mentira! O que os críticos disseram foi que as Testemunhas cantaram uma das suas canções que tinha a mesma melodia do hino nacional Alemão. E o artigo de facto confirma que os críticos deles estavam completamente certos! Mas até mesmo isto eles procuram encobrir o mais possível, ao referirem, mas sem grande convicção, uma melodia de Joseph Haydn, como se alguma Testemunha de Jeová soubesse alguma coisa acerca disso. Portanto continua tudo como de costume. Se os críticos fazem acusações correctas e verdadeiras, eles limitam-se a falsificá-las e distorcê-las e depois refutam estas falsificações que eles próprios fabricaram. É fácil, não é?
Outro facto muito cómico é que este artigo da Despertai! iliba Paul Balzereit das acusações falsas feitas contra ele no Anuário das Testemunhas de Jeová de 1975. O artigo chega a admitir que fizeram dele um bode expiatório, devido ao facto de ele ter mais tarde abandonado as Testemunhas de Jeová. Todos nós conhecemos bem esse tipo de tácticas. Essas acusações podem ser vistas aqui nesta citação do Anuário, juntamente com outro detalhe interessante:
"Muitos na assistência ficaram desapontados com a "declaração", visto que, em muitos pontos, deixava de ser tão forte como muitos irmãos esperavam. O irmão Mütze, de Dresden, que trabalhara intimamente com o irmão Balzereit até aquele tempo, acusou-o mais tarde de ter amainado o texto original. Não era a primeira vez que o irmão Balzereit atenuara a linguagem clara e inequívoca das publicações da Sociedade a fim de evitar dificuldades com as agências governamentais."Grande número de irmãos recusaram adoptá-la apenas por este motivo. Com efeito, [um] anterior peregrino, chamado Kipper, recusou-se a sugerir a sua adoção e outro irmão o substituiu. Não se podia dizer correctamente que a resolução fora adotada unanimemente, muito embora o irmão Balzereit mais tarde notificasse o irmão Rutherford de que tinha sido." (Anuário das Testemunhas de Jeová de 1975, p. 111)
É claro que o óbvio 'lamber as botas' aos Nazis que a Declaração representava, horrorizou alguns irmãos. Conforme podemos ver, o Anuário de 75 atribui isto ao facto de eles estarem insatisfeitos porque a Declaração não era suficientemente "forte". Não é evidente que eles estavam certos nesse ponto?
Portanto, podemos terminar dizendo que em Brooklyn tudo continua 'como de costume.' Eles continuam a realizar uma operação internacional de desinformação e de branqueamento a respeito da sua própria história.